Da mesma forma que há necessária preocupação
com o biofilme oral em pacientes internados, também a própria escova dental e
raspadores linguais podem favorecer o acúmulo de micro
organismos patogênicos. Estes podem, assim, proliferar nas escovas (e
raspadores linguais) e serem reinseridos na cavidade oral.
O armazenamento destes objetos auxiliares da
descontaminação oral também pode favorecer a infecção cruzada além de
incorporar um dificultador a mais para a implantação de rotinas em hospitais e,
nos já sobrecarregados, CTIs, por exigir uma desinfecção após o uso.
A forma mais prática de lidar com o problema é
o simples descarte, porém, isto pode inviabilizar o uso das escovas e
raspadores em unidades menos abastadas.
Para tentar uma solução são propostas várias
alternativas ao descarte, por exemplo, a lavagem e imersão em antissépticos
como clorexidina e hipoclorito de sódio e uso de gaze (enrolada em abaixador
lingual ou porta-agulhas) ao invés dos limpadores. Ambas
alternativas já foram citadas no protocolo sugerido para UTIs.
Ultimamente tive contato com duas ideias
interessantes para tentar minimizar o problema, a esterilização em autoclave e
a desinfecção por luz ultra violeta. Estas alternativas só seriam viáveis em
escovas convencionais já que escovas com sucção não devem, em princípio, ser reutilizadas,
e em casos onde não houver precaução de contato, por exigir maior cuidado
microbiológico.
Estudos de crescimento de biofilmes (culturas
individuais, nas escovas e do grupo de pacientes internados), análise de
custos X benefícios, considerações sobre casos específicos e
mudanças de rotinas (para as equipes de enfermagem) são variáveis que devem ser
bem avaliadas antes de indicar qual o melhor método a ser implantado.
Desinfecção em autoclave
A FNL
Comércio de Suprimentos, representante da marca de marca de higiene
bucal TePe no Brasil, acaba de investir em mais um estudo que reforça
a qualidade dos produtos que comercializa. Com o apoio de um grupo de
pesquisadores clínicos e de membros do Departamento de Farmácia da Faculdade de
Odontologia da USP, foram realizados testes que comprovam que as escovas
de dente, escovas interdentais e raspadores de língua da empresa sueca de podem
ser submetidos à esterilização em autoclave sem danos mecânicos ou à eficácia
dos produtos.
Segundo Maria
Helena Leite, diretora da FNL, o resultado chancela o que a matriz da empresa
já havia garantido e abre perspectivas para a melhoria da saúde bucal em
hospitais – uma vez que permite aprimorar o controle da reinfecção dos
pacientes hospitalizados - em geral comprometidos na sua condição de saúde
-, por microorganismos remanescentes das suas próprias escovas
dentárias. Os estudos foram realizados pelos doutores Felipe Rebello
Lourenço, Teresinha de Jesus Andreoli Pinto, Marco Aurélio Hiendlemeyer Furtado
e Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes
Com radiação Ultra Violeta
Ver descrição do produto em http://www.fisiostore.com.br/esterilizador-ultravioleta-de-escova-de-dente-portatil-azul–relax-medic,product,RELX-101AZ,229.aspx.
Aplicável somente em escovas.
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