sexta-feira, 29 de junho de 2012

ENDOMETRIOSE É A MAIOR CAUSA DE INFERTILIDADE DAS MULHERES NO BRASIL




Estima-se que de 7 a 10 milhões de brasileiras tenham a doença.
Médicos explicaram também como a pílula do dia seguinte age no corpo.

Do G1, em São Paulo
Cerca de 7 a 10 milhões de mulheres sofrem de endometriose no Brasil, doença que é a principal causa de infertilidade no sexo feminino.
Segundo o ginecologista José Bento, entre as pacientes com dificuldade para engravidar, metade também tem esse problema, que causa acúmulo de sangue menstrual no abdômen.
A endometriose também provoca cólicas, dor no fundo da vagina e desconforto durante a relação sexual, como explicou o médico Maurício Abrão, presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose. Pode haver, ainda, dificuldade para urinar e evacuar no período menstrual.
Endometriose valendo (Foto: Arte/G1)
Milhares de telespectadores participaram do programa desta terça-feira (26) pelo nosso site, pelas redes sociais e também pela Central de Atendimento ao Telespectador (CAT), da Rede Globo.
A apresentadora Mariana Ferrão foi até o Rio de Janeiro para conhecer o espaço e também receber ligações, que chegam pelo número 4002-2884.
O tratamento da endometriose pode ser feito com medicamentos ou cirurgias, em casos mais graves. Contra a cólica menstrual, os médicos recomendaram compressa de água quente, atividade física moderada e remédios como contraceptivos orais ou progestágenos, desde que com prescrição.
Na operação da endometriose, é realizada uma cauterização dos focos, processo eficaz para o tratamento de infertilidade. E o risco de a doença virar câncer é mínimo: varia de 0,5% a 1% do total. No caso de miomas, os médicos explicaram que 60% das mulheres têm o problema e a maioria não precisa ser retirado cirurgicamente.
Pílula do dia seguinte
Os médicos também falaram sobre a pílula do dia seguinte nesta terça. O comprimido só deve ser usado em casos de emergência, até 72 horas após a relação sexual.
O método não é abortivo e, se o óvulo já tiver sido fecundado, a pílula não fará mal ao feto.
Esse contraceptivo age de diferentes maneiras: impede o espermatozoide de encontrar o óvulo, inibe a ovulação, torna o muco cervical espesso e hostil para o espermatozoide e altera o transporte dos espermatozoides e óvulos nas trompas.
O acesso à pílula do dia seguinte ainda é difícil, e um dos motivos é a exigência de receita médica, o que já não ocorre em alguns países.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 46% dos nascimentos no país não são planejados.
O Ministério da Saúde estuda facilitar o acesso ao remédio que ajuda a evitar a gravidez indesejada, mas sempre orientando as mulheres a procurarem um médico para fazer o acompanhamento.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

AMIGDALITE COMPLICAÇÕES


Um abscesso pode desenvolver lateral para a amígdala durante uma infecção, normalmente vários dias após o início da amigdalite. Isto é denominado um abscesso peritonsilar (ou angina).

Raramente, a infecção pode se espalhar além da amígdala resultando em inflamação e infecção da veia jugular interna dando origem a uma infecção de septicemia extensivo (síndrome de Lemierre).

Em casos crônicos/reciclagem (geralmente definidos como sete episódios de amigdalite no ano anterior, cinco episódios em cada um dos dois anos anteriores ou três episódios em cada um dos três anos anteriores), ou em casos agudos onde as amígdalas palatina tornar-se tão inchadas que engolir é prejudicada, uma tonsilectomia pode ser realizada para remover as amígdalas. Pacientes cujas tonsilas foram removidas certamente ainda estão protegidos contra a infecção pelo resto do seu sistema imunológico.

Bactérias que se alimentam de muco que se acumula nos boxes (referidos como "criptas") em amígdalas podem produzir depósitos de amarelo-esbranquiçado, conhecidos como tonsilloliths. Estes podem emitir um odor devido à presença de compostos voláteis de enxofre.

Hipertrofia das amígdalas pode resultar em ronco, respiração pela boca, perturbações do sono e apneia obstrutiva do sono, durante o qual o paciente pára de respirar e experimenta uma diminuição do teor de oxigênio na corrente sanguínea. Uma tonsilectomia pode ser curativa.

Em casos muito raros, doenças como febre reumática ou glomerulonefrite podem ocorrer. Estas complicações são extremamente raras nas nações desenvolvidas, mas continuam a ser um problema significativo nas nações mais pobres.

Leitura complementar


·               Amigdalite - o que é amigdalite?

·               Amigdalite sintomas

·               Amigdalite causas

·               Tratamento de amigdalite




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quinta-feira, 21 de junho de 2012

A BOCA NO CENTRO DAS ATENÇÕES



A medicina não reparava muito nela e a odontologia cuidava apenas dos problemas localizados. Agora, as duas disciplinas se uniram para estudar a relação entre a saúde da boca e o que acontece no restante do organismo. E vice-versa



Placas dentárias podem aumentar em até 80% os riscos de uma morte prematura causada por câncer. O alerta, publicado recentemente no periódico British Medical Journal, é apenas o mais recente de uma série de estudos que vêm movimentando a odontologia e a medicina. Recentemente, o avanço na tecnologia de detecção de doenças e um movimento realizado pela classe odontológica "para trazer a boca de volta ao corpo” — ou seja, estudar sua relação com o resto do organismo — alavancaram o número de estudos que relacionam as duas áreas. Como resultado, foi desvendada uma série de relações entre infecções que ocorrem na boca e problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer, osteoporose, parto prematuro e nascimento de bebês abaixo do peso. 

A ideia de relacionar a saúde bucal com problemas em outras áreas do corpo surgiu no início do século XX. Nessa época, acreditava-se que infecções com origem na boca poderiam ser a causa direta de outras doenças – nascia aí a tese da infecção focal. "Foi uma catástrofe, várias pessoas tiveram os dentes arrancados desnecessariamente. A odontologia acabou sendo desconsiderada pela medicina", diz Giuseppe Romito, professor titular de periodontia da Universidade de São Paulo. Acreditava-se, sem qualquer base científica, que arrancar os dentes com problemas evitaria que a infecção fosse disseminada.

Segundo o especialista, a meta agora é fazer com que a boca volte a ser entendida como uma parte integrante do corpo. Em outras palavras, os dentistas vêm tentando provar cientificamente que o que acontece dentro da boca tem uma relação direta com o funcionamento de todo o organismo.
Prova científica — Foi apenas na década de 1970, quando o dentista americano Steven Offenbacher realizou pela primeira vez um teste clínico que ligava processos inflamatórios na boca com a ocorrência de parto prematuro, que a relação boca e corpo começou a ser levada a sério novamente. Teria início, então, uma caçada científica por quaisquer relações com as demais inflamações do corpo. Dezenas de estudos conseguiram confirmar os achados de Offenbacher e encontraram ainda conexões dos males bucais com diabetes, doenças cardiovasculares, pulmonares, de próstata, osteoporose e câncer.
Quando começou suas investigações, Offenbacher pôde estabelecer apenas uma relação epidemiológica entre as inflamações na gengiva causadas por bactérias e parto prematuro. Hoje, no entanto, uma série de estudos conseguiu provar com mais precisão a relação entre essas duas condições. Em uma pesquisa publicada em 2007 no Journal of Periodontology, o especialista mostrou que quanto mais cedo se der a exposição às bactérias, maiores serão os riscos do parto prematuro. Nos dados coletados por Offenbacher, descobriu-se que a exposição com 32 semanas de gestação aumentava os riscos de parto prematuro 3,7 vezes. Com 35 semanas, o risco aumentava duas vezes.

Efeito cascata — As infecções bucais podem causar prejuízos aos demais órgãos por dois processos inflamatórios diferentes. No primeiro e mais simples, as bactérias alojadas na gengiva se deslocam pelo organismo e se instalam em determinados órgãos, prejudicando seu funcionamento. Nesse caso está o mais conhecido dos problemas, e o único que é, de fato, causado diretamente pela inflamação na boca: a endocardite bacteriana. "A bactéria da gengiva viaja pela corrente sanguínea até as veias coronárias (que levam sangue ao coração) e se alojam ali, infeccionando a membrana da válvula", diz Rodrigo Bueno de Moraes, periodontista e consultor da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Em abril deste ano, a Academia Americana do Coração (AHA, sigla em inglês) publicou um artigo no periódico médico Circulationconfirmando que existe, de fato, uma associação entre a doença periodontal e a arteriosclerose (endurecimento das artérias). Apesar da relação, não é necessário que pessoas com boa saúde procurem um cardiologista a cada inflamação na gengiva. 
Há uma segunda maneira pela qual as doenças bacterianas que ocorrem na boca repercutem em outras partes do corpo. Enquanto luta para exterminar as bactérias invasoras que tiveram origem na boca, o sistema imunológico libera diversas substâncias no organismo. Isso causa um desequilíbrio químico, elevando os níveis de substâncias que interferem no funcionamento de órgãos, do metabolismo e de sistemas inteiros do corpo. É o caso, por exemplo, do diabetes. O processo inflamatório na gengiva não causa a doença, mas ajuda a desequilibrar o balanço químico do organismo, dificultando, assim, o controle dos níveis de glicose. Mas a relação entre as condições é uma via de mão dupla. O diabetes, por si só, pode piorar quadros de inflamação gengival.
Em pesquisa publicada no periódico The Journal of the American Dental Association (JADA), o pesquisador IB Lamster descobriu que conforme o índice glicêmico de pacientes com diabetes perdia o controle, os efeitos colaterais da doença nas inflamações da gengiva ficavam mais sérias. Esse mesmo desequilíbrio químico pode estar relacionado ainda com problemas como câncer, parto prematuro e nascimento de bebês abaixo do peso, artrite reumatoide e obesidade. Prestar atenção ao que acontece na boca, está provado, pode ser não só uma boa maneira de evitar doenças, mas também detectá-las.

Saiba mais
DOENÇA PERIODONTAL
A infecção crônica de origem bacteriana que atinge a gengiva e os tecidos dos dentes. A doença é causada pelo acúmulo de bactérias entre os dentes e a gengiva, e pode levar à perda dentária. Problema dentário mais comum em adultos, a periodontite é ainda uma das doenças inflamatórias crônicas mais comuns no mundo. Sua forma inicial, e mais comum, é a gengivite, caracterizada por uma inflamação leve das gengivas — que ficam avermelhadas, inchadas e chegam a sangrar. A evolução da doença pode levar anos, causando a perda de tecido de suporte do dente — como o ósseo —, o que acaba por ocasionar a perda de um ou mais dentes.

Fuja das bactérias
Dados epidemiológicos estimam que 90% da população mundial têm gengivite e que 30% têm doença periodontal. Para manter a boca livre das bactérias é preciso escovar os dentes e usar o fio dental, no mínimo, duas vezes por dia. “Não adianta repetir o procedimento dez vezes, se você não escovar ou limpar corretamente”, diz Romito. É recomendado ainda que se faça visitas semestrais ao dentista, com realização de exames de sonda (análise da gengiva) e de raio-X (análise dos ossos do maxilar). O procedimento é protocolar e deve ser pedido em toda consulta de rotina. Alguns materiais, porém, oferecem maior proteção, como, por exemplo, a escova interdental. Ela é mais eficaz que o fio dental para limpeza entre os dentes. Existe também a escova de tufo único, que costuma ser indicada para pacientes que têm doenças periodontais, como um complemento à escova comum.

Sinal de alerta

Mesmo quem mantém uma disciplina exemplar de limpeza dentária corre o risco de deixar algum canto mal limpo, dando brecha para a infestação de bactérias. Segundo dentistas, é difícil conseguir deixar a boca completamente limpa - por isso, a importância da visita regular ao dentista. “É importante lembrar ainda que o fio dental não remove apenas a sujeira entre os dentes. Ele também retira as placas bacterianas”, diz Rodrigo Bueno de Moraes, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Sangramentos durante a escovação ou o uso do fio dental são indícios de uma possível inflamação – e não de uma limpeza feita de maneira errada.

PUBLICADO NA REVISTA VEJA E M 18/06/2012





terça-feira, 19 de junho de 2012

PARALISIA FACIAL





 Artigo sobre PARALISIA FACIAL do Dr. Fausto Viterbo: www.faustoviterbo.com.br

A paralisia facial tem várias causas, podendo ser congênita, idiopática, traumática, ou decorrente de seqüela de cirurgia oncológica e otite média.

A mais freqüente é a paralisia idiopática ou de Bell, como é conhecida. Ocorre devido ao edema do nervo facial no interior do canal ósseo no osso petroso maior.

A paralisia facial de Bell acomete um em cada trinta indivíduos no decorrer de sua vida. Existem trabalhos mostrando que a recuperação ocorre na maioria dos pacientes. Nos demais casos ocorre recuperação parcial com seqüelas importantes e, quanto maior a idade, menor a chance de melhora satisfatória.

As técnicas mais utilizadas atualmente para reanimação da face paralisada são o "Cross-face nerve graft", a transposição de músculo temporal, a neurorrafia entre o nervo hipoglosso e nervo facial lesado e o transplante microcirúrgico de músculo grácil.

Nossa preferência para paralisias recentes é o "Cross-face nerve graft" com neurorrafia término-lateral. Isto significa a colocação de um ou dois enxertos de nervo sural ligando o nervo facial normal com o nervo paralisado, sem secção em nenhum destes nervos da face.

Nos casos de paralisia antiga utilizamos a transposição ortodrômica do músculo temporal. Assim, para sorrir, o paciente realiza pequeno movimento de mordida, contraindo o músculo temporal e tracionando o canto da boca, realizando movimento de sorriso.

Da mesma forma, em paralisia congênita, utilizamos a transposição ortodrômica do músculo temporal.

Uma das mais graves situações em paralisia facial é a Síndrome de Möebius, um tipo de paralisia congênita bilateral. Nestes casos temos empregado a transposição ortodrômica bilateral do músculo temporal.






quarta-feira, 13 de junho de 2012

QUANDO O TRABALHO AFETA A SAÚDE

O trabalho é essencial na vida das pessoas. Mas nem sempre só para suprir as necessidades financeiras. É também uma questão de realização pessoal, ou seja, de encontrar prazer naquilo que você realiza. Porém, dependendo da ocupação, alguns prejuízos para o corpo podem ocorrer ao longo dos anos.

Sintomas como dores em articulações, sensação de cansaço ou inchaço nos músculos são indícios de que você pode estar desenvolvendo lesões causadas por esforços repetitivos. Elas são comumente conhecidas pela sigla LER ou como distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort).

Esses tipos de problemas são provocados pelo uso excessivo de alguma articulação, aparecendo com mais incidência nas mãos, punhos, cotovelos, ombros e joelhos. “As condições que favorecem mais as lesões estão em funcionários nas linhas de montagem e nas indústrias de alimentação. Existe uma situação de mais risco nos trabalhos que exigem repetição e força”, explica João Luiz Cavalieri Machado, presidente da Comissão Técnica de Dort/LER da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

Pessoas que utilizam o computador por muitas horas ao longo do dia também podem apresentar esses problemas, de acordo com o fisioterapeuta Claudinei de Sousa Oliveira, do Corporal Instituto da Dor, de São Paulo. “Hoje em dia, com a expansão do uso da informática no mercado, cada vez mais pessoas vêm apresentando sintomas de dor e inflamação nas mãos”, explica.

O jornalista recifense Walmar Andrade, de 28 anos, que atualmente mora em Barcelona, já passou por isso. Ele sentiu os primeiros sintomas da tendinite em 2006, devido ao uso do computador por cerca de dez horas diárias. “Apresentava dores no braço direto, mais precisamente no cotovelo e no antebraço”, explica.

Na época, o médico da empresa onde ele trabalhava diagnosticou que se tratava apenas de um princípio de tendinite e recomendou que reduzisse o uso do computador ao longo do dia. E, quando ele estivesse diante do aparelho, mantivesse postura correta. “Outra sugestão do especialista foi que procurasse usar menos o mouse e mais o teclado”, lembra.



Use com moderação


De acordo com Machado, da Anamt, o computador deve ser usado como um instrumento de trabalho para facilitar a realização das tarefas e inserido em uma jornada de trabalho que segue o estabelecido em lei, com duração reduzida e pausas regulares. “Isso evita o surgimento desses problemas”, enfatiza. Uma dica é fazer uma parada de cinco minutos a cada 25 minutos de digitação.

Apesar da recomendação do médico, Andrade revela que não conseguiu reduzir o uso do computador, mas superou o problema. “Meu trabalho exige que eu passe muitas horas na frente do aparelho, mexendo nos teclados”, afirma o jornalista. Nas horas vagas, ele confessa que também usa o equipamento. “Na verdade, o que ocorreu foi que passei a prestar mais atenção na postura.”

Ele conta ainda que as dores o impulsionaram a pensar na importância de ter uma melhor qualidade de vida. “De que adianta trabalhar muito e não ter tempo para se divertir, se alimentar melhor, praticar exercícios e namorar?”, pergunta.

 

 

terça-feira, 12 de junho de 2012

CHOCOLATE PODE AJUDAR A REDUZIR DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Chocolate pode ajudar a reduzir em até 37% as doenças cardiovasculares e em cerca de 29% os acidentes vasculares cerebrais

BMJ: chocolate pode ajudar a reduzir em até 37% as doenças cardiovasculares e em cerca de 29% os acidentes vasculares cerebrais







Trabalho publicado no British Medical Journal (BMJ) relata que os maiores níveis de consumo de chocolate foram associados a uma redução de 37% na doença cardiovascular e uma redução de 29% no acidente vascular cerebral em comparação com os níveis mais baixos de consumo. Os pesquisadores alertam que novas pesquisas são necessárias para confirmar tal hipótese.
Uma meta-análise avaliou o risco de desenvolver transtornos cardiometabólicos, incluindo a doença cardiovascular (doença coronariana e acidente vascular cerebral),diabetes mellitus e síndrome metabólica, comparando o nível mais alto e o mais baixo de consumo de chocolate.
Fontes de dados do Medline, Embase, Cochrane Library, PubMed, CINAHL, IPA, Web of Science, Scopus, Pascal, dentre outras listas de referência de estudos relevantes foram utilizadas, assim como ensaios clínicos randomizados e estudo de seleção de coorte, caso-controle e estudos seccionais realizados em adultos humanos, em que a associação entre consumo de chocolate e o risco de resultados relacionados a distúrbios cardiometabólicos foram avaliados.
De 4.576 referências, sete estudos preencheram os critérios de inclusão (incluindo 114.009 participantes). Nenhum dos estudos era randomizado, seis estudos eram de coorte e um era transversal. Grande variação foi observada entre estes sete estudos em relação à medição do consumo de chocolate, aos métodos utilizados e aos resultados avaliados. Cinco dos sete estudos relataram uma associação benéfica entre os níveis mais elevados de consumo de chocolate e o risco de doenças cardiometabólicas. Os maiores níveis de consumo de chocolate foram associados a uma redução de 37% na doença cardiovascular e uma redução de 29% no acidente vascular cerebral em comparação com os níveis mais baixos de consumo.
Com base nas evidências observacionais, os níveis de consumo de chocolate parecem estar associados a uma redução substancial no risco de desenvolver distúrbios cardiometabólicos. Novos estudos experimentais são necessários para confirmar o efeito potencialmente benéfico do consumo de chocolate.
NEWS.MED.BR, 2011. BMJ: chocolate pode ajudar a reduzir em até 37% as doenças cardiovasculares e em cerca de 29% os acidentes vasculares cerebrais. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/232475/bmj-chocolate-pode-ajudar-a-reduzir-em-ate-37-as-doencas-cardiovasculares-e-em-cerca-de-29-os-acidentes-vasculares-cerebrais.htm>. Acesso em: 12 jun. 2012.

ANOREXIA MENTAL

Anorexia mental. O que é? Quais são as causas?

Anorexia mental. O que é? Quais são as causas?







O que é anorexia mental?
A anorexia mental é um tipo de desordem alimentar de natureza psicológica que implica numa severa restrição de alimentos com a justificativa irracional de emagrecer, mesmo numa pessoa já anormalmente magra. Às vezes se associam outras providências com a mesma finalidade irrazoável: provocar vômitos, exagerar em exercícios, tomar pílulas para reduzir o apetite, usar diuréticos, laxantes ou enemas.
A pessoa que sofre de anorexia mental tem um distúrbio da imagem corporal e embora muito emagrecida, crê-se gorda. A questão do emagrecimento se torna uma obsessão invencível e pode conduzir à privação de alimentos e até mesmo à morte.
Quais são as causas da anorexia mental?
Até o momento, nenhuma causa definitiva foi determinada para anorexia mental. Alguns estudos sugerem uma participação genética hereditária. Outros estudos apontam a possibilidade de uma disfunção hipotalâmica ou nos neurotransmissores cerebrais. Problemas alimentares na infância precoce e depressões da mãe parecem aumentar o risco. Excesso de sentimentos negativos, exigências muito pesadas sobre as crianças, perfeccionismo exagerado ou crianças que tenham sofrido abusos, são fatores que também parecem contribuir. Outras razões, de diversas ordens, parecem estar implicadas na eclosão da anorexia mental. Quase sempre (cerca de 95% dos casos) a pessoa afetada é uma adolescente ou uma mulher jovem, mas também pode ocorrer em crianças, em adultos e no sexo masculino. Os caucasianos são mais afetados que pessoas de outras raças, a condição incide mais nas classes econômicas superiores que nas outras e nas pessoas para quem o peso corporal é uma questão essencial, como modelos, atletas, dançarinos, etc.
Quais são os sinais e sintomas da anorexia mental?
Os principais sinais e sintomas da anorexia mental são um intenso medo de ganhar peso, contra todas as evidências em contrário, provocação de vômitos após alimentar-se, emagrecimento extremo e desnutrição (e suas complicações), imagem corporal distorcida, desconhecimento da gravidade do problema, amenorreia. Asunhas e os cabelos ficam frágeis e a pele torna-se seca e amarelada e pode desenvolver lanugos (finos fios de cabelo, como dos recém-nascidos). A pessoa chega a pesos incrivelmente baixos.
Como o médico diagnostica a anorexia mental?
A história clínica e o exame físico são elementos suficientes para o diagnóstico da anorexia mental. Exames específicos podem ser necessários para avaliar as complicações orgânicas ocasionadas por ela.
Como é o tratamento da anorexia mental?
O tratamento da anorexia mental consiste em certas formas de psicoterapia e em alguns remédios psiquiátricos, mas estes devem ser prescritos com cuidado, porque muitos deles têm efeito direto sobre o apetite.
Como evolui a anorexia mental?
Algumas anorexias mentais tendem a ser de curta duração, enquanto outras podem ser crônicas. Cerca de metade delas se cura completamente. Da outra metade, parte se torna crônica e parte se alterna com outros distúrbios alimentares.
A desnutrição causada pela anorexia mental pode afetar órgãos vitais como coração, rins e cérebro. A frequência cardíaca e a pressão arterial abaixam e podem ocorrer distúrbios hidroeletrolíticos. As complicações causadas pela privação de alimentos são reversíveis tão logo haja um ganho significativo de peso.
A anorexia nervosa apresenta uma alta taxa de mortalidade devido aos suicídios associados ou às complicações da desnutrição.
ABC.MED.BR, 2012. Anorexia mental. O que é? Quais são as causas?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/298480/anorexia+mental+o+que+e+quais+sao+as+causas.htm>. Acesso em: 12 jun. 2012.

EXERCÍCIO FÍSICO DURANTE A GRAVIDEZ NÃO PREVINE DIABETES GESTACIONAL

Exercício físico durante a gravidez não previne diabetes gestacional, em trabalho publicado pelo periódico Obstetrics & Gynecology

Exercício físico durante a gravidez não previne diabetes gestacional, em trabalho publicado pelo periódico Obstetrics & Gynecology









O estudo publicado pelo periódico Obstetrics & Gynecology teve o objetivo de avaliar se o exercício durante a gravidez pode prevenir o diabetes gestacional e melhorar a resistência à insulina.
Um total de 855 mulheres entre a 18a. e 22a. semanas de gestação foram aleatoriamente designadas a fazer 12 semanas de exercício padrão (grupo de intervenção) ou cuidados pré-natais padrão (grupo controle). O programa de exercícios seguiu as recomendações de intensidade moderada, sendo realizado por três ou mais dias da semana. Os desfechos primários avaliados foram o diabetes gestacional e a resistência à insulina.
Como resultado, foi verificado que entre a 32a. e 36a. semanas de gestação não houve diferenças entre os grupos na prevalência de diabetes gestacional: 25 de 375 (7%) no grupo de intervenção em comparação com 18 de 327 (6%) no grupo controle. Também não houve diferenças na resistência à insulina entre os grupos.
Não houve evidência de que a realização de 12 semanas de exercício padrão durante a segunda metade da gravidez previna o diabetes gestacional ou melhore a resistência à insulina em mulheres grávidas saudáveis, com índice de massa corporal normal.
NEWS.MED.BR, 2011. Exercício físico durante a gravidez não previne diabetes gestacional, em trabalho publicado pelo periódico Obstetrics & Gynecology. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/253060/exercicio-fisico-durante-a-gravidez-nao-previne-diabetes-gestacional-em-trabalho-publicado-pelo-periodico-obstetrics-amp-gynecology.htm>. Acesso em: 12 jun. 2012.