terça-feira, 16 de outubro de 2012

PRÉ NATAL-ODONTOLÓGICO: É IMPORTANTE REALIZA-LO



A assistência odontológica no período gestacional é voltada para a prevenção e educação, e tem como objetivo cuidar e acompanhar a saúde bucal da mãe e do bebê, após seu nascimento.

Deve, também, fazer parte do momento do pré-natal da gestante. Visitar o cirurgião-dentista é extremamente importante durante a gravidez, já que as carências nutricionais e a utilização de alguns medicamentos podem afetar o desenvolvimento dos dentes da criança.
O fato de a mulher estar grávida não deve ser motivo para evitar tratamentos odontológicos. Ao contrário, é uma fase adequada para estabelecer uma postura de promoção de saúde. O diagnóstico de risco à doença cárie deve ser realizado o mais precocemente possível – antes mesmo do nascimento do bebê. A importância da orientação odontológica já está presente no período gestacional. Para favorecer a dentição sadia do filho, a gestante deve começar cuidando de sua própria saúde bucal.
Durante o período gestacional, ocorre uma série de alterações no organismo da gestante que podem levar ao aparecimento de problemas gengivais e dentais, tais como: aumento da acidez bucal, aumento da ingestão de alimentos em menor espaço de tempo, mudança nos hábitos alimentares, diminuição nos cuidados com a higienização bucal, principalmente após o parto (quando a atenção está mais voltada para a saúde do bebê), e alterações hormonais.
Alterações gengivais podem acontecer em decorrência do aumento dos níveis dos hormônios estrógeno e progesterona que, associados ao estado transitório de imunodepressão, modificações na microbiota da cavidade oral e a tendência a relaxar com os cuidados de higiene, fazem com que a inflamação gengival se agrave na gestação. Dessa forma, há maior tendência de a gestante apresentar sangramento gengival, vermelhidão intensa e hiperplasia gengival. Sendo assim, as futuras mamães podem ser consideradas pacientes com risco temporário, maior que o normal, de desenvolverem complicações periodontais. Aquelas com periodontite podem estar sob um risco sete vezes maior de darem à luz crianças prematuras e de baixo peso.
É importante salientar que as infecções bucais podem interferir na gravidez pela ação das bactérias. Essas provocam a inflamação da gengiva, liberando na corrente sanguínea toxinas que podem atingir a placenta e estimular a produção de citocinas e prostaglandinas, que podem induzir um parto prematuro.
O tratamento odontológico pode ser realizado em qualquer fase da gestação, embora o segundo trimestre (entre o quarto e o sexto mês) seja o momento mais adequado, pois nesse período há maior estabilidade, tanto para a mãe quanto para o bebê. No primeiro trimestre, deve-se evitar o uso de medicamentos e os exames radiográficos, pois o bebê está em formação (período da embriogênese), e no terceiro trimestre a mãe encontra-se muito ansiosa devido à aproximação do parto.
No âmbito dos cuidados preventivos antes da chegada do bebê, é fundamental que os pais busquem a orientação apropriada sobre os cuidados com a saúde bucal, uma vez que sua ausência pode agravar problemas de simples resolução, bem como afetar a saúde geral da gestante. Instruções acerca dos dentes e gengivas são conduzidas a fim de reduzir a incidência da doença cárie e gengival, as quais podem ser transmitidas à criança a partir de condutas inapropriadas, como beijo na boca, assoprar ou experimentar os alimentos previamente.
Portanto, a visita precoce ao dentista se faz necessária, pois estabelece uma relação amistosa com os pais, promovendo os cuidados de sua saúde bucal, assim como a do bebê. Ainda, é possível determinar os padrões de amamentação, suplementação de flúor e estabelecer um programa de higiene bucal adequada.
Fonte: Odontomagazine.com.br


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