quinta-feira, 24 de maio de 2012

CONTROLE INTENSIVO DAGLICEMIA VERSUS CONTROLE CONVENCIONAL: DÚVIDAS SOBRE PROTEÇÃO CONTRA MORTALIDADE CARDIOVASCULAR E ELEVAÇÃO DO RISCO DE HIPOGLICEMIA SEVERA EM DIABÉTICOS TIPO 2



Artigo publicado pelo British Medical Journal (BMJ) avaliou, em revisão sistemática, se o controle intensivo da glicemia1 em pacientes diabéticos é mais eficaz do que o controle usualmente realizado, e mostrou que persistem as dúvidas sobre a redução da mortalidade2 cardiovascular, enquanto que o risco de hipoglicemia3 severa é maior.
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do controle intensivo da glicemia1 versus o controle glicêmico convencional em todas as causas de mortalidade2 e de mortalidade2 cardiovascular, infarto do miocárdio4 não-fatal, complicações microvasculares e hipoglicemia3 grave em pacientes com diabetes tipo 25.
Foi realizada uma revisão sistemática com meta-análises e análises sequenciais de ensaios clínicos randomizados. As fontes de dados utilizadas foram Cochrane Library, Medline, Embase, Science Citation Index Expanded, LILACS, CINAHL.

Quatorze ensaios clínicos randomizados envolvendo 28.614 participantes com diabetes tipo 25 (15.269 em controle intensivo e 13.345 em controle convencional) foram incluídos. O controle intensivo da glicemia1 não afetou significativamente os riscos relativos de todas as causas de morte e de mortalidade2 cardiovascular. Análises sequenciais rejeitaram uma redução do risco relativo acima de 10% para todas as causas de mortalidade2 e mostraram dados insuficientes sobre a mortalidade2 cardiovascular. O risco de infarto do miocárdio4 não-fatal pode ser reduzido, mas esse achado não foi confirmado na análise de julgamento sequencial. O controle glicêmico intensivo mostrou uma redução dos riscos relativos para os resultados microvasculares e retinopatia, mas análises de julgamento sequencial mostraram que provas suficientes ainda não tinham sido alcançadas. O risco de hipoglicemia3 grave foi significativamente maior quando o controle intensivo da glicemia1 era realizado; análise sequencial apoiou um aumento de 30% do risco relativo de hipoglicemia3 grave.

Concluiu-se que o controle glicêmico intensivo não parece reduzir todas as causas de mortalidade2 em pacientes com diabetes tipo 25. Dados disponíveis de ensaios clínicos randomizados continuam a ser insuficientes para provar ou refutar uma redução do risco relativo de mortalidade2 cardiovascular, infarto do miocárdio4 não-fatal, complicações microvasculares ou retinopatia em uma magnitude de 10%. O controle intensivo da glicemia1 aumenta o risco relativo de hipoglicemia3 grave em 30%.
Fonte: British Medical Journal, de novembro de 2011
NEWS.MED.BR, 2011. Controle intensivo da glicemia versus controle convencional: dúvidas sobre proteção contra mortalidade cardiovascular e elevação do risco de hipoglicemia severa em diabéticos tipo 2.
 Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/251235/controle+intensivo+da+glicemia+vers.htm>. Acesso em: 15 dez. 2011.


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