quarta-feira, 23 de maio de 2012

TRATAMENTO DENTÁRIO DURANTE A GRAVIDEZ

Prós e contras
As pessoas ouvem falar sobre prevenção de dentes dos bebês, das crianças, dos adultos e dos idosos. Porém, esquecem-se daquela que é a chave principal para tal desenvolvimento, a gestante. O tratamento para gestantes deve ser muito cuidadoso, pois existe dentro dela um ser frágil que sente tudo o que acontece ao seu redor, principalmente com a sua futura mamãe.
A gestante também deve se informar sobre o que acontece em seu organismo nesse período. As alterações mais comuns são que ela passa a se alimentar com maior freqüência, é maior o consumo de doces, há um aumento de acidez na boca, e diminuição dos cuidados com a higiene oral. Para impedir que a cárie ou problemas nas gengivas aconteçam, a gestante deve evitar o consumo excessivo de doces - se possível comê-los sempre após as refeições - não se esquecendo de escovar os dentes, passar fio dental e usar flúor tópico (cuja ingestão deve ser realizada sob supervisão do dentista), evitar se alimentar fora de hora e fazer um acompanhamento odontológico durante a gravidez.
A futura mamãe deve conhecer alguns cuidados sobre o tratamento odontológico correto nessa fase.
É possível tratar-se?
A resposta é sim, a gestante pode receber tratamento odontológico durante a gravidez em qualquer fase. A melhor época de escolha é o segundo trimestre (entre o quarto e o sexto mês). Isso porque no primeiro trimestre o bebê está se formando e deve-se evitar o uso de medicamentos, e no terceiro trimestre, a mãe está numa maior ansiedade devido à aproximação do parto. Caso a mulher esteja planejando uma gravidez, o ideal seria realizar o tratamento antes da concepção.
As tomadas radiográficas devem ser evitadas no primeiro trimestre. Porém, se imprescindíveis, podem ser realizadas, desde que se utilize o avental de chumbo.
Sim e Não
Muitas perguntas em torno dos medicamentos se fazem nesse caso. Qualquer medicamento deve ser evitado sempre que possível pela gestante, principalmente no primeiro trimestre de gravidez. As reações tóxicas que acontecem em uma mulher podem comprometer sua saúde e limitar sua capacidade de suportar a gravidez.
Não existe um risco quanto à anestesia local, desde que o dentista conheça os efeitos dos anestésicos. Deve-se levar em conta que a grávida pode apresentar uma elevação da pressão arterial, apesar de também poder apresentar uma hipotensão relativa à posição quando colocada deitada de costas. Possui ainda um potencial para hipoglicemia, falta de ar, taquicardia, além de uma queda súbita da pressão arterial e náusea pela manhã.
Os analgésicos como a aspirina devem ser evitados, pois no começo da gravidez ela está associada à anemia e, no fim, a complicações como a hemorragia pós-parto. Os que são feitos a partir do princípio ativo acetalminofen são os mais recomendados para controlar a dor. As drogas anti-ansiedade, sedativos, benzodiazepínicos, diazepam e similares devem ser evitadas, pois geralmente atravessam a barreira placentária. Os antibióticos à base de penicilina e de cefalosporina são receitados durante a gravidez por serem seguros. A ampicilina e a amoxicilina também podem ser administrados durante a gravidez; o clindamicin, metronidazole e eritromicina devem ser evitados, bem como as tetraciclinas, pois causam descoloração dental e inibição do desenvolvimento de ossos em crianças. O clorafenicol jamais deve ser administrado, pois causa toxicidade materna e insuficiência respiratórifa fetal, a chamada síndrome cinza. Em resumo, o profissional de saúde - seja dentista, seja de outra especialidade - precisa determinar se os benefícios potenciais das drogas prevalecem sobre os riscos em relação ao feto.
O pré-natal é muito importante no acompanhamento fetal. Além do médico, deve-se também consultar -se um dentista, que informará e orientará a fim de prevenir qualquer futuro problema para a gestante e seu filho. E nunca é demais lembrar que qualquer medicamento só deve ser administrado por um profissional - auto medicação, nem pensar!

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