segunda-feira, 28 de maio de 2012

A HISTÓRIA DA GOMA DE MASCAR




Artigo do cirurgião dentista e estomatologista Prof. Assoc. Jayro Guimarães Jr.
Embora o uso da goma de mascar tenha se disseminado em todo o mundo, parece que ela é de origem norte-americana. Não é verdade. Os norte-americanos são seus maiores consumidores e, portanto, fabricantes e aperfeiçoadores.
Os gregos antigos mascavam uma substância borrachoide chamada mástique, derivada da resina da árvore de lentisco ou aroeira (Pistacia lentiscus). Dioscórides, médico e cirurgião militar grego —na geografia atual seria turco— e botânico —tido como fundador da Farmacognosia*— que viveu no primeiro século d.C., refere-se aos poderes curativos do mástique nos seus escritos.
A resina é vendida no mercado na forma de gotas ou lágrimas arredondadas, com cerca de 5 mm de diâmetro. Atualmente, o mástique é aplicado geralmente em construção, para a vedação elástica de juntas rígidas ou semirrígidas, tais como, vedação de carpintaria (madeira, alumínio e PVC), fixação de vidros em caixilhos, entre várias outras utilidades. Existe um mástique asfáltico. O mástique vegetal é usado na culinária turca como base do sorvete dondurma.
Os maias e astecas do segundo século d.C. mastigavam tzictli (chicle) que é a seiva ou látex da árvore sapoti (Sapota zapotilla) obtida da mesma maneira Os gregos antigos mascavam uma substância borrachoide chamada mástique, derivada da resina da árvore de lentisco ou aroeira (Pistacia lentiscus). Dioscórides, médico e cirurgião militar grego —na geografia atual seria turco— e botânico —tido como fundador da Farmacognosia*— que viveu no primeiro século d.C., refere-se aos poderes curativos do mástique nos seus escritos.
A resina é vendida no mercado na forma de gotas ou lágrimas arredondadas, com cerca de 5 mm de diâmetro. Atualmente, o mástique é aplicado geralmente em construção, para a vedação elástica de juntas rígidas ou semirrígidas, tais como, vedação de carpintaria (madeira, alumínio e PVC), fixação de vidros em caixilhos, entre várias outras utilidades. Existe um mástique asfáltico. O mástique vegetal é usado na culinária turca como base do sorvete dondurma.
Os maias e astecas do segundo século d.C. mastigavam tzictli (chicle) que é a seiva ou látex da árvore sapoti (Sapota zapotilla) obtida da mesma maneira com que se faz para retirar a seiva da borracha: com incisões convergentes. Mesmo após a queda destas civilizações centro-americanas, esse costume permaneceu entre seus descendentes até o século XIX.
Os índios norte-americanos da Nova Inglaterra mastigavam a seiva de abetos, um tipo de pinheiro, e passaram o hábito para os colonos norte-americanos. Estes mascavam uma mistura desta seiva com a cera de abelha.
A goma ade abetos continuou a ser vendida, sendo substituída gradualmente pela parafina. Esta goma de parafina infelizmente exigia o calor e a umidade da boca para torná-lo adequada para ser mastigada e, por isso, foi substituída como elemento básico das gomas de marcar por outras substâncias.
Em 1848, John B. Curtis elaborou e foi o primeiro a comercializar uma goma de mascar que chamou de State of Maine Spruce Pure Gum (spruce = abeto). Em 1850, ele começou a vender gomas de parafina contendo sabor que se tornaram mais populares do que as gomas de abetos.
O general mexicano Antônio de Pádua Maria Severino López de Santa Anna y Pérez de Lebrón, abreviado, ainda bem, para general Antônio de Santa Anna (1794-1876), auto proclamado ditador do México. Gostava de ser chamado de “Napoleão do oeste”, mas, se quiserem, era mais um caudillo, que ficou famoso por ter vencido a batalha de Álamo, tendo sido derrotado na batalha seguinte, em 21/4/1836, pelas tropas do general Sam Houston. As tropas de Houston combateram gritando "Remember Goliad, Remember the Alamo"!
Sendo preso e ameaçado de morte, Santa Anna assinou um decreto oficial que passava os estados atuais do Texas e Novo México para os Estados Unidos da América. Como é recorrente na história da América Latina, ao voltar para a Cidade do México, um novo governo declarou que Santa Anna não era mais presidente e que o tratado com o Texas era nulo e sem efeito. O general teve que se exilar nos Estados Unidos. Lá, em 1869, em Staten Island, o “Napoleão do Oeste” conheceu Thomas Adams e lhe falou sobre o chicle do sapoti mexicano. Santa Anna achava que o chicle poderia ser usado para fazer pneus de borracha sintética, e, como tinha amigos no México, estes seriam capazes de fornecer o produto mais barato para Adams.
Adams, até então, tinha tentado fazer, sem sucesso, vários negócios. Recentemente tinha se tornado fotógrafo e comerciante de vidros.
Primeiramente tentou infrutiferamente transformar o chicle em produtos de borracha sintética vulcanizada: brinquedos, máscaras, botas de chuva e pneus de bicicleta.
Adams sabia que o chicle havia sido usado como uma goma de mascar pelos nativos do México por muitos anos. Um dia, em 1869, possivelmente sem nada mais importante para fazer, ele colocou um pedaço de chicle do estoque em sua boca e gostou do sabor. Assim, teve a ideia deu usar o estoque de chicle, que queria jogar fora, para a produção de goma de mascar e assim salvar o lote armazenado.
Adams conheceu uma drugstore onde uma menina tinha comprado um tipo de goma de mascar feita de parafina que era chamada de Montanha Branca. Perguntou ao farmacêutico se ele estaria disposto a tentar vender um tipo totalmente diferente de goma, com o que o farmacêutico concordou.
Quando Adams chegou a casa naquela noite, ele falou com seu filho, Tom Jr., sobre sua ideia. Júnior ficou muito impressionado, e sugeriu que eles fabricassem algumas caixas de gomas de mascar feitas de chicle puro, sem sabor, em forma de pequenas porções redondas embrulhadas em papéis de seda coloridos, dar-lhes um nome e um rótulo. Eles decidiram pelo nome de Adams New York N º 1.
Em fevereiro de 1871, a goma de mascar Adams New York Nº 1 começou a ser vendida em drugstores por um centavo cada porção e um dólar a caixa. A caixa estampava a figura colorida da prefeitura da cidade.
Desta vez, as coisas começaram a dar certo para Adams. O produto caiu nas graças do mercado. Em 1871, ele patenteou uma máquina para o fabrico da goma de mascar e teve a ideia de adicionar aromatizante ao produto para testá-lo. Logo a seguir, foi adicionado o açúcar ao produto tornando-o mais palatável, mas menos saudável.
Pouco depois, ele abriu a primeira fábrica do mundo de goma de mascar. Em 1876, juntamente com dos filhos, Adams fundou a Adams Sons and Company, sediada num armazém da Front Street, em Nova Iorque.
A companhia tornou-se, até o final do século XIX, a mais próspera fabricante de gomas de mascar, que se tornou um monopólio aos incorporar outras seis maiores e mais conhecidas fabricantes de goma de mascar dos Estados Unidos e Canadá, alcançando um grande sucesso como o criador dos Chiclets Adams.
Em 1880, John Colgan inventou uma maneira de tornar o sabor da goma de mascar mais durável, enquanto estava sendo mastigado.
Em 1888, uma goma de mascar Adams sabor Tutti-Frutti se tornou a primeira a ser vendida em uma máquina automática. Várias destas máquinas foram colocadas em uma estação de metrô de Nova York.
Em 1899, goma de mascar Dentyne foi criada pelo farmacêutico nova-iorquino Franklin V. Canning. Canning promoveu esta goma de mascar como uma ajuda para a higiene oral. "Para prevenir a cárie, Para adoçar a respiração, para manter os dentes brancos", dizia o pacote dela.
Em 1906, Frank Henry Fleer (1856-1921) inventou goma de mascar de bola que chamou de Blibber-Blubber Gum, que nunca chegou a ser vendida.
Em 1914, foi criada a Wrigley Doublemint. William Wrigley, Jr. (1861–1932) e Frank Henry Fleer foram responsáveis por adicionar a hortelã e extratos de frutas a uma goma de mascar.
Em 1928, um empregado da companhia de Frank H. Fleer, chamado Walter Diemer aperfeiçoou a receita de goma de mascar de bola inventada por Fleer, em 1906, tornando-a cor de rosa e chamando-a de Double Bubble (bolha dupla). Hoje as gomas de mascar existem em todas as cores.
A goma de mascar de hoje já foi feita de chicle, mas, atualmente é feita a partir da seiva de outras árvores e, até mesmo, a partir de derivado de petróleo e produtos sintetizados em laboratório. A maioria das gomas de mascar é fabricada da mesma maneira até um determinado ponto.
A base de goma é derretida em grandes “panelas de pressão” até aquecê-la um pouco acima de 115 0C. Neste ponto, ela fica com a consistência de xarope.
O xarope é filtrado através de telas de malha finas, centrifugado, e novamente filtrada em filtros a vácuos muito finos. Ao longo do processo, a base de goma derretida é mantida aquecida.
Os misturadores agora entram em jogo. Estes são grandes cubas, capazes de armazenar até quase uma tonelada cada, equipados com lâminas giratórias de velocidade lenta.
Os primeiros aditamentos tem lugar nestes misturadores: açúcar em pó e xarope de milho ou glicose mantém a goma úmida e fácil de mastigar e ajuda o açúcar combinar mais facilmente com a base de goma.
São adicionados maciantes que retêm umidade na mistura e a torna flexível e resiliente e, finalmente, aromatizante natural ou artificial.
A mistura, em seguida, passa dos misturadores para correias de arrefecimento onde é soprada por correntes de ar fresco para reduzir sua temperatura.
Após isso, a mistura vai para as extrusoras, máquinas que a torna muito mais suave e fina. A partir dos extrusoras, a goma passa para uma série de rolos gigantes onde é achatada em espessuras mais finas tomando sua forma final.

A farmacognosia é um dos mais antigos ramos da farmacologia. Ela tem como alvo o estudos dos princípios ativos naturais, sejam animais,minerais ou vegetais.

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