segunda-feira, 28 de maio de 2012

CUIDADOS PALIATIVOS:UMA NOVA ÁREA DE ATUAÇÃO


O Conselho Federal de Medicina aprovou uma nova área de atuação no Brasil: a Medicina Paliativa. A proposta visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes portadores de doenças crônicas e deve abranger as especialidades de oncologia, clínica-médica, anestesiologia, geriatria, pediatria e medicina de família e comunidade.
Segundo o dr. Newton Barros, segundo vice-presidente da Associação Médica Brasileira e chefe do Serviço de Dor e Cuidados Paliativos do Hospital Conceição, em Porto Alegre (RS), com a criação desta nova área de atuação, mais profissionais se especializarão em cuidados paliativos e estarão aptos a prestar assistência ao grande número de pacientes e famílias necessitados de cuidados. Da mesma forma, as faculdades de medicina deverão se adequar para oferecer estes conceitos durante o curso de graduação.
"O ensino de saúde precisa deixar de ser focado na cura para também oferecer oportunidade de conhecimento do manejo de doenças crônicas, incuráveis. É preciso ensinar ao médico como lidar com um paciente cuja expectativa de vida é curta, aliviando os sintomas e melhorando a sua qualidade de vida".
Segundo ele, a criação desta nova área também servirá de estímulo para que o governo brasileiro e o Ministério da Saúde adotem medidas visando a implantar de forma efetiva os Cuidados Paliativos para os pacientes do SUS. Embora existam portarias do Ministério estabelecendo a obrigatoriedade da existência deste tratamento nos centros de oncologia do país, poucos estão organizados, faltam equipes e medicamentos.
Medicina Paliativa no Brasil
Com o envelhecimento da população, cada vez mais as doenças crônicas incuráveis a medicina paliativa será cada vez mais necessária e os especialistas em cuidados paliativos serão cada vez mais solicitados para aliviar o sofrimento do paciente e de sua família".
Nas últimas décadas, os Cuidados Paliativos vem ganhando seguidores e aumentando o debate sobre a sua importância. No Brasil, um dos principais marcos nesta área aconteceu em 2010, com a criação da Comissão Nacional de Medicina Paliativa pela Associação Médica Brasileira (AMB)., a Comissão reuniu-se durante vários meses criando um projeto de formação do médico paliativista que resultou na resolução do CFM, aprovando como uma nova área de atuação médica.
Além do câncer, uma doença com taxas de incidência crescentes em todo o mundo; doenças reumáticas, articulares, neurológicas, como o Mal de Alzheimer, ou qualquer outra que torna a pessoa incapacitada com sofrimentos físicos, emocionais, sociais e espirituais podem ser ajudadas pela Medicina Paliativa que sempre trabalha em equipe multidisciplinar.

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