segunda-feira, 28 de maio de 2012

ODONTOLOGIA HOSPITALAR AINDA LONGE DOS HOSPITAIS


A pneumonia nosocomial é a doença que mais mata em hospitais e o segundo maior tipo de infecção contraída em hospitais, ficando atrás apenas das urinárias.
Sua incidência varia de 20 a 60%, a depender do hospital, e possui uma taxa de morbilidade e mortalidade elevada. O que poucos sabem, entretanto, é que protocolos de cuidado bucal podem reduzir - e até mesmo zerar - a chance de um paciente internado adquirir a pneumonia nosocomial.
Os pacientes que estão fazendo uso da ventilação mecânica, geralmente em UTIs (Unidades de Terapia Intensivas), possuem um alto risco de contrair a pneumonia nosocomial, que é aquela que acontece 48 horas após a internação. A boca é uma porta de entrada para esta infecção, visto que as secreções e bactérias presentes na cavidade bucal descem pelo sistema respiratório e vão para o pulmão, ocasionando a doença.
Procedimentos simples, como a utilização da escova de dentes, aspiração, bochecho e a aplicação de clorexidina tópica, podem fazer com que a doença seja facilmente controlada. Apesar disto, a Odontologia Hospitalar ainda não é institucionalizada e não está presente na maioria dos hospitais.
Os Conselhos Regionais de Odontologia (CRO) estão se mobilizando para fazer uma proposta ao Conselho Federal de Odontologia (CFO), para regulamentar essa atuação do profissional, em fórum nacional. A Bahia faz parte dos 20 estados que já têm Comissão instituída para a luta pela legalização e regulamentação da profissão.
O objetivo é fazer uma proposta ao CFO, para que seja criada uma capacitação específica para este profissional. "Queremos que a Odontologia Hospitalar seja instituída e regulamentada, haja vista a importância desta área.
Redução de bactérias
O cirurgião-dentista, no âmbito hospitalar, tem um papel decisivo para a diminuição das infecções, ao reduzir bactérias presentes na cavidade bucal, que levam ao acometimento de doenças. Enquadram-se também nas atribuições deste profissional: procedimentos comuns (como limpeza dos dentes, língua e aplicação de flúor) e emergenciais (dores de dente, sangramentos e feridas).
O atendimento odontológico no hospital é importante principalmente para pacientes com doenças sistêmicas congênitas (deficiência mental, diabetes, displasias sanguíneas, síndromes e outras), adquiridas (HIV, tuberculose, hepatite, sífilis, neoplasias e outras) ou traumáticas (traumatismo bucomaxilofacial, cirurgia ortognática), pacientes oncológicos, pré-transplantados e cardiopatas.
Fonte: CRO-BA

3 comentários:

  1. Ola, Dr Antônio Martins, adorei seu post... muito apropriado e atual. Parabens!

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  2. Faria apenas uma ressalva...Não sou dentista, mas o meu sobrinho sim. É funcionário federal de um grande Hospital no RJ. Sempre utilizei os serviços de emergência e atendimentos na área bucal. Nos corredores, há anos observo o trabalho de especialistas como Estomatologistas, buco, onco e pacientes especiais. Esses profissionais sempre estiveram na labuta hospitalar. O que nunca vi e meu sobrinho diz que é raro é um dentista atuando

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  3. Na UTI, quando minha esposa precisou, demorei 20 dia para conseguir um profissional habilitado nessa área. Assim, será que a melhor maneira de identificarmos esse profissional, raro nos hospitais, não seja pela denominação cirurgião dentista intensivista, ou melhor, como o Dr Rodrigo me disse que era um Odontointensivista

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